Miguelangelo Veiga
Remains To Be Seen
(Restos Para Serem Vistos / Permanece Para Ser Visto)
25 de Fevereiro a 20 de Março
Se, ao primeiro olhar, as suas telas parecem depuradas de cor e de elementos desviantes do que podemos definir como forma principal, é com facilidade que ao aproximarmo-nos percebemos que estas imagens foram construídas sobre uma superficíe de destroços.
Várias camadas de tintas, veladas por uma última pele de branco opaco, deixam reconhecer algumas cores que conseguiram escapar a um processo de devastação; esta última proporcionando um vazio que passa a funcionar com uma subtil membrana que mais do que espaço inerte, manifesta-se como cenário propício para a (re)construção dessa forma final num enigmático fundo activo.
São imagens de uma arquitectura estilhaçada, memória de um lugar inicial, exterior, como aqueles que nos são dados a conhecer pelos media sempre que acontece uma catástrofe. Cada forma resulta da apropriação de uma imagem mediática que, depois de analisada e corrigida, transforma-se numa "arquitectura de ruínas". O duplo sentido do título escolhido para esta exposição assim o indica, Remains To Be Seen, à semelhança de outras obras deste autor, como Palácio De Cristal (Centro de Arte Moderna, 2007), Blind Spot (Voyeur Project View, 2008) ou Vista Sobre o Mercado (Sopro, 2009), enfatiza mais uma vez a relação condicionada entre a obra e o espaço que esta ocupa.
Remains To Be Seen
(Restos Para Serem Vistos / Permanece Para Ser Visto)
25 de Fevereiro a 20 de Março
Se, ao primeiro olhar, as suas telas parecem depuradas de cor e de elementos desviantes do que podemos definir como forma principal, é com facilidade que ao aproximarmo-nos percebemos que estas imagens foram construídas sobre uma superficíe de destroços.
Várias camadas de tintas, veladas por uma última pele de branco opaco, deixam reconhecer algumas cores que conseguiram escapar a um processo de devastação; esta última proporcionando um vazio que passa a funcionar com uma subtil membrana que mais do que espaço inerte, manifesta-se como cenário propício para a (re)construção dessa forma final num enigmático fundo activo.
São imagens de uma arquitectura estilhaçada, memória de um lugar inicial, exterior, como aqueles que nos são dados a conhecer pelos media sempre que acontece uma catástrofe. Cada forma resulta da apropriação de uma imagem mediática que, depois de analisada e corrigida, transforma-se numa "arquitectura de ruínas". O duplo sentido do título escolhido para esta exposição assim o indica, Remains To Be Seen, à semelhança de outras obras deste autor, como Palácio De Cristal (Centro de Arte Moderna, 2007), Blind Spot (Voyeur Project View, 2008) ou Vista Sobre o Mercado (Sopro, 2009), enfatiza mais uma vez a relação condicionada entre a obra e o espaço que esta ocupa.

Remains To Be Seen
2008/2010, tinta acrilíca e tinta da china s/tela, 160x220 cm

2008/2010, tinta acrilíca e tinta da china s/tela, 160x220 cm